CONJUGAÇÃO DE ESFORÇOS PARA UM CESSAR-FOGO
- Publicado em terça-feira, 31 março 2020 16:45
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O Papa declarou hoje que se associa ao apelo recente lançado pelo secretário-geral da ONU, António Guterres,
para um «cessar-fogo global e imediato em todos os cantos do mundo»,
tendo em conta a «atual emergência do Covid-19, que não conhece fronteiras».
«Associo-me a quantos acolheram este apelo, convido todos a dar-lhe seguimento,
parando qualquer forma de hostilidade bélica, favorecendo a criação de corredores para a ajuda humanitária»,
nomeadamente para as pessoas que se encontram em situação de «maior vulnerabilidade», afirmou.
Nas palavras que proferiu Francisco expressou o desejo de que «o empenho conjunto contra a pandemia»
possa «levar todos a reconhecer» a «necessidade de reforçar os laços fraternos, como membros de uma única família»,
suscitando nos responsáveis pelas nações «um empenho renovado na superação das rivalidades»,
através do «diálogo» e da «construtiva busca da paz», porque, frisou, «os conflitos não se resolvem através da guerra».
«O meu pensamento dirige-se de modo especial para todas as pessoas que sofrem a vulnerabilidade de serem obrigadas a viver em grupo»,
por exemplo, em casas de repouso e casernas, apontou.
Citando um relatório sobre direitos humanos, Francisco mencionou as «prisões sobrelotadas»,
que podem tornar-se «numa tragédia» para a disseminação da pandemia.
«Peço às autoridades que sejam sensíveis a este grave problema,
e tomem as medidas necessárias para evitar tragédias futuras», afirmou.
«A hipocrisia com que tantas vezes se vive a fé, é morte; a crítica destrutiva para com os outros, é morte;
a ofensa, a calúnia, são morte; a marginalização do pobre, é morte».
Papa Francisco e António Guterres. Vaticano, 6.12.2013. Foto: L'Osservatore Romano